Quer pernas fortes, definidas e simétricas? Neste guia completo, você vai descobrir tudo sobre os músculos da perna e como treiná-los de forma inteligente para maximizar resultados, evitar lesões e alcançar um físico poderoso. Preparado para transformar seu treino? Continue lendo!

ÍNDICE
- Introdução ao Treinamento dos Músculos da Perna
- Anatomia Básica da Perna
- Quadríceps Femoral
- Isquiotibiais (Posteriores de Coxa)
- Glúteos (Máximo, Médio e Mínimo)
- Panturrilhas (Gastrocnêmio e Sóleo)
- Adutores e Abdutores
- Músculos Estabilizadores do Quadril e Joelhos
- Divisão de Treino para Músculos da Perna
- Erros Comuns no Treino de Pernas
- Dicas de Ouro para Potencializar os Resultados
- Nutrição e Suplementação para Hipertrofia nas Pernas
- Importância da Mobilidade e Alongamento
- Conclusão
- ❓ Perguntas Frequentes (FAQs)
Introdução ao Treinamento dos Músculos da Perna
1. Por que treinar pernas é essencial?
Treinar as pernas não é apenas uma questão estética — embora pernas bem trabalhadas realmente causem impacto — mas também uma exigência funcional para a saúde geral do corpo. As pernas são a base que sustenta o nosso corpo. Elas desempenham um papel vital em praticamente todas as atividades diárias: andar, correr, agachar, pular, levantar objetos e até manter a postura. Ao treinar pernas regularmente, você não apenas melhora sua força, mas também promove equilíbrio, estabilidade, resistência cardiovascular e mobilidade.
Outra vantagem é o estímulo hormonal. Exercícios compostos como agachamentos e levantamento terra ativam grandes grupos musculares, o que pode aumentar a produção de testosterona e hormônio do crescimento — essenciais para quem busca hipertrofia muscular no corpo inteiro. Além disso, pernas fortes significam menos risco de lesões, especialmente nos joelhos e costas, e melhor desempenho em esportes e outras atividades físicas.
No entanto, é comum ver nas academias aquele perfil de atleta com tronco volumoso e pernas finas — o clássico “fisiculturista de Wi-Fi”. Isso acontece porque muitos negligenciam os treinos de perna, por acharem que são “cansativos demais”, ou porque acreditam que já fazem o suficiente apenas correndo ou pedalando. Esse é um erro que vamos corrigir com este guia completo.
2. Mitos comuns sobre o treino de pernas
Você provavelmente já ouviu alguém dizer: “Não preciso treinar pernas, jogo futebol” ou “Correr já é suficiente para desenvolver os músculos das pernas”. Essas ideias, infelizmente, perpetuam a negligência de um grupo muscular tão essencial. Vamos desconstruir alguns mitos:
- “Fazer cardio trabalha as pernas o suficiente” – Corridas e pedaladas podem melhorar a resistência, mas não substituem treinos de força para o crescimento muscular.
- “Agachamento já trabalha tudo” – Apesar de ser um exercício excelente, o agachamento não isola todos os músculos das pernas. É preciso variedade e foco.
- “Treinar pernas não é necessário para quem quer apenas emagrecer” – Falso. Músculos maiores queimam mais calorias em repouso, e pernas fortes ajudam a manter a funcionalidade enquanto se perde peso.
- “É melhor focar em membros superiores para ter um corpo bonito” – Um corpo desproporcional chama mais atenção (negativa) do que se imagina. A harmonia estética vem da simetria.
Esses mitos são perigosos porque limitam o potencial do treino e podem até levar a desequilíbrios musculares, que resultam em lesões crônicas. A boa notícia? É possível corrigir tudo isso com um plano de treino eficiente e específico, como você verá ao longo deste guia.
Anatomia Básica da Perna
1. Divisão geral dos músculos da perna
A perna é uma região rica em músculos grandes e poderosos. Ao contrário do que muitos pensam, ela não se resume ao quadríceps e ao glúteo. A musculatura da perna é dividida em três principais grupos:
- Anteriores (frente da coxa e da perna): Incluem o quadríceps femoral e músculos da canela.
- Posteriores (parte de trás da perna): Como os isquiotibiais e o gastrocnêmio (panturrilha).
- Laterais e mediais (lados internos e externos): Onde se encontram músculos estabilizadores, como o sartório, adutores e abdutores.
Esses grupos trabalham em conjunto para garantir movimento, força e estabilidade. Por isso, treinar apenas um ou dois músculos é um erro. Uma perna verdadeiramente forte é aquela com desenvolvimento equilibrado.
2. Músculos anteriores, posteriores e laterais
- Anterior (Quadríceps): O quadríceps é composto por quatro músculos: reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio. Eles são responsáveis pela extensão do joelho e, parcialmente, pela flexão do quadril.
- Posterior (Isquiotibiais e panturrilhas): Os isquiotibiais incluem o bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso. Já as panturrilhas são formadas pelo gastrocnêmio e sóleo, e são fundamentais na locomoção e equilíbrio.
- Lateral (Glúteos, sartório e abdutores): Os glúteos são os músculos mais potentes da região e ajudam tanto na estabilidade do quadril quanto na extensão do quadril. O sartório é o músculo mais longo do corpo humano e auxilia em múltiplos movimentos. Os abdutores e adutores ajudam a manter o joelho alinhado e proporcionam estabilidade.
Ter essa noção anatômica é essencial para compreender como cada exercício atua em partes específicas da perna — e assim otimizar o treino para alcançar resultados reais e seguros.
Quadríceps Femoral
1. Função e localização
O quadríceps é o principal músculo da parte frontal da coxa e tem como função primária a extensão do joelho. É composto por quatro músculos:
- Reto femoral
- Vasto lateral
- Vasto medial
- Vasto intermédio

Esse grupo é essencial para movimentos como andar, correr, subir escadas, pular e agachar. A força do quadríceps também é crucial para a saúde dos joelhos, já que ele absorve impacto e estabiliza essa articulação durante os movimentos diários e nos treinos.
Os quatro músculos que compõem o quadríceps convergem para formar um único tendão, o tendão do quadríceps, que se insere na patela.
2. Melhores exercícios para quadríceps
Agora, vamos aos melhores movimentos para ativar e fortalecer esse grupo muscular:
Agachamento livre
O rei dos exercícios para quadríceps (e para as pernas em geral). Envolve articulações múltiplas e ativa não só o quadríceps como também glúteos, isquiotibiais e core. Pode ser feito com barra nas costas, na frente (front squat), ou até com halteres. O segredo está na postura: manter a coluna reta, joelhos alinhados aos pés e descer até o ponto onde sua mobilidade permitir, sem perder a forma.
Leg press
Ideal para quem ainda não domina o agachamento livre. No leg press, você trabalha os quadríceps com um pouco mais de segurança, podendo ajustar a carga com facilidade. A dica de ouro é não estender totalmente os joelhos para evitar sobrecarga articular, e manter o controle na descida.
Cadeira extensora
Um exercício isolado que recruta diretamente o quadríceps. É excelente para quem precisa reforçar a ativação dessa musculatura ou busca hipertrofia localizada. A execução deve ser lenta e controlada, principalmente na fase excêntrica (descida).
Isquiotibiais (Posteriores de Coxa)
1. Função e anatomia dos isquiotibiais
Os isquiotibiais ficam na parte de trás da coxa e são muitas vezes esquecidos ou subestimados. Eles são fundamentais para a flexão do joelho e extensão do quadril — dois movimentos presentes em atividades como correr, saltar e levantar peso.
Os principais músculos dos isquiotibiais são:
- Bíceps femoral (cabeça longa e curta)
- Semitendinoso
- Semimembranoso

Além disso, eles têm um papel vital na estabilização do joelho e do quadril. Quando mal trabalhados, deixam o corpo vulnerável a lesões sérias, como estiramentos e dores lombares.
2. Exercícios eficazes para posteriores de coxa
Mesa flexora
Esse é o exercício isolador mais tradicional para isquiotibiais. Ele trabalha especificamente a flexão do joelho, ativando profundamente o bíceps femoral. É importante evitar movimentos bruscos e realizar contração total no final da subida.
Stiff com halteres ou barra
O stiff é um exercício composto que exige técnica. Ele ativa os isquiotibiais durante a extensão do quadril e também recruta o glúteo máximo. A execução correta envolve uma leve flexão de joelhos, quadril empurrando para trás e coluna sempre reta.
Elevação de quadril com peso
Também conhecido como hip thrust, esse movimento é altamente eficiente para ativar glúteos e posteriores de coxa ao mesmo tempo. Pode ser feito com barra, halteres ou até com elásticos. Ideal para quem quer potência e volume muscular nessa região.
Glúteos (Máximo, Médio e Mínimo)
1. Por que os glúteos são importantes no treino de pernas?
Os glúteos não são apenas músculos importantes do ponto de vista estético — embora ninguém negue o impacto visual de glúteos bem desenvolvidos. Eles são cruciais para a estabilidade do corpo, principalmente do quadril e da lombar. Quando fortalecidos, ajudam na postura, no equilíbrio e na prevenção de dores nas costas e joelhos. O glúteo máximo é o maior músculo do corpo humano, e sua principal função é a extensão do quadril. Já o glúteo médio e o mínimo são estabilizadores, essenciais para manter o alinhamento da pelve durante a marcha ou corrida.

O erro comum entre muitos praticantes é pensar que o treino de glúteos se limita ao agachamento. Mas não é bem assim. Diversos exercícios podem ativar esses músculos de maneira específica e eficiente, especialmente quando realizados com atenção ao tempo sob tensão e amplitude de movimento.
A negligência dos glúteos no treino de pernas pode provocar desequilíbrios musculares sérios, como síndrome do piriforme, encurtamento dos flexores do quadril e até lombalgia. Portanto, se você quer pernas fortes, funcionais e bonitas, os glúteos não podem ficar de fora da sua rotina.
2. Exercícios que ativam mais os glúteos
Avanço (afundo)
O avanço, ou afundo, é excelente para glúteos e coxas. Pode ser feito com halteres, barra ou peso corporal. A chave é dar um passo largo o suficiente para manter o joelho da frente alinhado com o tornozelo. Quanto maior o passo, mais o glúteo é exigido.
Além disso, o avanço unilateral ajuda a corrigir desequilíbrios entre as pernas e fortalece a musculatura estabilizadora. Varie entre avanço andando, no step ou com elevação de pé traseiro para maximizar os resultados.
Elevação pélvica (hip thrust)
O queridinho do momento, e com razão! O hip thrust proporciona altíssima ativação dos glúteos, superior a muitos exercícios tradicionais. Posicione-se com as costas apoiadas em um banco, os pés firmes no chão e uma barra sobre o quadril. Eleve os quadris até que o corpo forme uma linha reta dos ombros aos joelhos. Contraia os glúteos no topo e desça devagar.
É um movimento essencial para hipertrofia glútea, e pode ser feito com progressões: peso corporal, elásticos, halteres ou barra olímpica.
Abdução de quadril com elástico
Este exercício é simples, mas incrivelmente eficiente para ativar o glúteo médio e mínimo. Com uma minibanda posicionada acima dos joelhos, afaste as pernas lateralmente enquanto mantém os joelhos semiflexionados. Pode ser feito em pé, sentado ou deitado de lado.
Ideal como exercício complementar ou para aquecimento, a abdução ajuda a melhorar a estabilidade da pelve e a prevenir lesões.
Panturrilhas (Gastrocnêmio e Sóleo)
1. Importância das panturrilhas no desempenho físico
As panturrilhas são músculos muitas vezes esquecidos no treino de pernas. Isso é um erro grave, pois elas são fundamentais para a propulsão, equilíbrio e absorção de impacto em cada passo que você dá. Elas atuam fortemente na caminhada, corrida e salto, além de contribuírem para a estabilidade do tornozelo e joelho.
A musculatura da panturrilha é composta principalmente pelo gastrocnêmio (mais superficial e visível) e pelo sóleo (mais profundo). Ambos são importantes para a flexão plantar — aquele movimento de ficar na ponta dos pés. Embora pareçam simples de treinar, as panturrilhas exigem atenção especial, principalmente porque respondem melhor a repetições mais altas e frequência elevada.

Se você sente que tem “panturrilhas pequenas” ou dificuldade de desenvolvê-las, saiba que isso é comum. Elas possuem alta densidade de fibras de resistência, o que as torna menos responsivas a estímulos tradicionais de hipertrofia. Mas com a abordagem certa, o crescimento é possível.
2. Melhores exercícios para panturrilhas
Elevação de panturrilhas em pé
Esse é o exercício básico e um dos mais eficientes. Pode ser feito com o peso do corpo ou com carga adicional (halteres, barra ou em máquina específica). O ideal é realizar o movimento com amplitude total: subir o máximo possível e descer até sentir o alongamento. Um truque poderoso é pausar por 1-2 segundos no topo para intensificar a contração.
Elevação sentado (para sóleo)
Para trabalhar o sóleo, o ideal é fazer elevação de panturrilhas sentado, com carga sobre os joelhos. Como o sóleo é um músculo mais profundo e de resistência, você pode usar cargas moderadas e fazer séries de 15 a 20 repetições.
Pliometria (saltos curtos ou em corda)
Saltos repetitivos ou pular corda são excelentes maneiras de ativar as panturrilhas de forma explosiva. Esses movimentos também ajudam a melhorar a coordenação e o condicionamento cardiovascular.
Para melhores resultados, treine panturrilhas pelo menos 3 vezes por semana, alternando entre altas repetições, velocidade e amplitude de movimento.
Adutores e Abdutores
1. Funções dos adutores e abdutores no movimento das pernas
Os adutores (parte interna da coxa) e os abdutores (parte externa) são responsáveis por movimentos essenciais como a aproximação e o afastamento das pernas. Eles são vitais para a estabilização da pelve e para manter os joelhos alinhados durante exercícios como agachamentos e corridas.

Músculos Abdutores: Os principais músculos responsáveis pela abdução do quadril (movimento de afastar a perna da linha média do corpo) são o glúteo médio, o glúteo mínimo e o tensor da fáscia lata. Além destes, músculos como o piriforme, o sartório e algumas fibras do glúteo máximo também podem atuar como abdutores secundários.

Músculos Adutores: Os músculos responsáveis pela adução são o adutor longo, adutor curto, adutor magno, grácil e pectíneo. Esses músculos, localizados na região medial da coxa, atuam aproximando a coxa da linha média do corpo.
Negligenciar esses músculos pode causar desequilíbrios, dores nos quadris, e até prejudicar a performance em esportes como futebol, corrida e ciclismo. Trabalhar os adutores e abdutores também melhora a postura e reduz o risco de lesões em ligamentos.
Além disso, o fortalecimento desses músculos ajuda na estética das pernas, proporcionando mais definição nos contornos das coxas — algo muito valorizado tanto por homens quanto por mulheres.
2. Exercícios para fortalecer adutores e abdutores
Cadeira abdutora e adutora
Máquinas específicas de academia que isolam bem esses músculos. Na abdutora, você afasta as pernas; na adutora, você aproxima. São exercícios simples, mas eficazes. Capriche na execução lenta e nas pausas no final do movimento para aumentar o estímulo.
Band walks (passadas laterais com elástico)
Coloque um elástico acima dos joelhos e dê passos laterais com os joelhos semiflexionados. Esse exercício ativa fortemente os abdutores e é ótimo para incluir no aquecimento de membros inferiores.
Ponte com bola entre as pernas (para adutores)
Deite-se no chão com os joelhos dobrados, segurando uma bola entre as pernas. Faça uma elevação pélvica (como no hip thrust), contraindo a bola com as pernas. Isso ativa simultaneamente glúteos e adutores.
Músculos Estabilizadores do Quadril e Joelhos
1. Importância dos músculos estabilizadores
Enquanto os músculos maiores chamam mais atenção no espelho e nos treinos, os estabilizadores desempenham um papel crucial no equilíbrio, controle motor e prevenção de lesões. Eles são pequenos, mas extremamente importantes para manter articulações como quadril e joelho alinhadas durante movimentos complexos.

Entre os principais estabilizadores do quadril estão músculos como o glúteo médio, o piriforme e os rotadores profundos (piriforme, obturador interno, gêmeo superior, gêmeo inferior, obturador externo e quadrado femoral). Já para os joelhos, músculos como os vastos medial e lateral do quadríceps ajudam a manter a rótula centralizada. Quando esses músculos estão fracos ou desativados, o corpo compensa de forma incorreta, sobrecarregando articulações, tendões e ligamentos.
Em outras palavras, negligenciar esses músculos pode comprometer seu desempenho, sua segurança e até sua estética. Afinal, ninguém quer um agachamento com o joelho indo para dentro, certo?
2. Como ativar e fortalecer esses músculos
A melhor forma de fortalecer os estabilizadores é incluir exercícios unilaterais, isométricos e movimentos de baixo impacto com foco na ativação neuromuscular. Aqui estão alguns exemplos:
- Mini band lateral walk (caminhada lateral com elástico): fortalece glúteo médio e abdutores.
- Step-up com joelho elevado: ativa estabilizadores do quadril e melhora o equilíbrio.
- Agachamento isométrico com bola entre os joelhos: ativa vasto medial e estabilizadores internos do joelho.
- Prancha lateral com elevação de perna: desafia a estabilidade da pelve e fortalece oblíquos e glúteo médio.
A dica aqui é executar os exercícios com atenção, foco e controle. Evite compensações e foque na qualidade do movimento, não apenas na carga.
Divisão de Treino para Músculos da Perna
1. Como organizar os treinos ao longo da semana
Treinar pernas exige planejamento, especialmente se você quer trabalhar todos os músculos de forma eficiente, sem sobrecarregar nem deixar nenhum grupo de lado. O ideal é dividir os treinos para dar tempo de recuperação entre os estímulos.
Aqui vão algumas sugestões de divisão:
- Full body com foco alternado: Segunda (ênfase anterior), Quinta (ênfase posterior).
- ABC ou AB2x: Um dia focado em quadríceps/glúteos, outro em posteriores/panturrilhas.
- Treino específico por grupo:
- Dia 1: Quadríceps + Panturrilhas
- Dia 2: Posteriores + Glúteos
- Dia 3: Adutores/Abdutores + Estabilizadores
Lembre-se que volume e intensidade devem ser ajustados conforme o nível de treino, objetivo e tempo de descanso.
2. Importância da recuperação muscular
A recuperação é parte fundamental do crescimento. Quando você treina, está quebrando fibras musculares; o crescimento ocorre no descanso. Por isso, alternar estímulos, dormir bem, manter boa hidratação e alimentação adequada são cruciais.
Além disso, técnicas como massagem, alongamento, liberação miofascial e compressas frias podem acelerar a recuperação e reduzir dores musculares pós-treino.
Erros Comuns no Treino de Pernas
1. O que evitar para não comprometer os resultados
Muita gente treina pernas, mas comete erros básicos que prejudicam o desempenho e os ganhos. Aqui estão os deslizes mais frequentes:
- Negligenciar o aquecimento: Pular essa etapa aumenta o risco de lesão e reduz o desempenho. Faça de 5 a 10 minutos de cardio leve e mobilidade articular antes de começar.
- Movimentos incompletos: Fazer meio agachamento, leg press com amplitude reduzida ou extensora sem alongar a perna são práticas comuns que reduzem a eficácia do treino.
- Excesso de carga com má execução: É melhor usar uma carga leve com forma perfeita do que levantar muito peso com risco de lesão.
- Foco excessivo em uma só área: Só fazer agachamento e leg press, por exemplo, deixa de lado panturrilhas, glúteos e adutores.
- Pouco descanso entre as séries ou treinos: O músculo precisa de tempo para recuperar — se você treina com dor ou fadiga extrema, o risco de lesão aumenta.
Evite esses erros e perceba como a qualidade do seu treino evolui rapidamente.
Dicas de Ouro para Potencializar os Resultados
1. Técnicas avançadas e boas práticas no treino
Se você já tem uma base sólida de treino, pode explorar estratégias mais avançadas para acelerar os resultados:
- Drop sets: Reduza a carga e continue o exercício até a falha. Ótimo para cadeira extensora ou leg press.
- Pausa isométrica: Pausar 2-3 segundos no ponto de maior esforço aumenta a intensidade — excelente para agachamentos e hip thrust.
- Tempo sob tensão: Execute cada repetição mais devagar, mantendo o músculo ativo por mais tempo.
- Pré-exaustão: Faça um exercício isolador antes do composto. Ex: extensora antes do agachamento.
- Superséries: Combine dois exercícios sem descanso. Ex: stiff + flexora.
Além disso:
- Use tênis adequados e evite treinar descalço (exceto em treinos específicos).
- Controle a respiração: inspire ao descer, expire ao subir.
- Faça anotações do treino, cargas e evolução. Isso te ajuda a manter o foco.
Com consistência e estratégia, o progresso é inevitável.
Nutrição e Suplementação para Hipertrofia nas Pernas
1. A importância da alimentação no crescimento muscular
Não adianta treinar pesado se sua alimentação não acompanha seu esforço. Para construir músculos — inclusive os das pernas — seu corpo precisa de nutrientes em quantidade e qualidade suficientes. A hipertrofia depende diretamente de um balanço energético positivo: ou seja, você precisa ingerir mais calorias do que gasta.
O foco deve estar na ingestão adequada de proteínas, carboidratos complexos, gorduras saudáveis e micronutrientes. As proteínas são os tijolos da construção muscular, enquanto os carboidratos fornecem energia para os treinos e ajudam na recuperação. Gorduras boas regulam hormônios como a testosterona, essencial para o crescimento muscular.
Além disso, beber bastante água é essencial. A desidratação reduz o desempenho e pode afetar negativamente os resultados. Outro ponto importante é o consumo adequado de fibras e antioxidantes para manter a digestão eficiente e o corpo em estado anabólico.
2. Principais suplementos indicados
Se sua alimentação já está equilibrada, os suplementos podem dar um “empurrãozinho”. Veja os mais indicados para hipertrofia nas pernas:
- Whey Protein: Excelente fonte de proteína de rápida absorção.
- Creatina: Aumenta a força, volume muscular e a resistência.
- BCAA: Ajuda na recuperação muscular e evita o catabolismo.
- Beta-Alanina: Melhora o desempenho em exercícios intensos e prolongados.
- Multivitamínico: Garante o aporte de micronutrientes essenciais.
Lembre-se: suplemento é um complemento. O mais importante sempre será a comida de verdade.
Importância da Mobilidade e Alongamento
1. Benefícios para a performance e prevenção de lesões
Treinar pernas envolve grandes amplitudes de movimento e grandes cargas. Por isso, investir em mobilidade e alongamento é essencial para a execução correta dos exercícios e para evitar lesões.
A mobilidade articula as articulações e melhora a amplitude dos movimentos — o que te permite, por exemplo, agachar mais fundo sem perder a postura. Já o alongamento promove relaxamento muscular, previne encurtamentos e melhora a circulação.
Incluir de 10 a 15 minutos de alongamento após o treino de pernas pode reduzir dores musculares tardias e acelerar a recuperação. Trabalhar mobilidade ao menos duas vezes por semana melhora muito a qualidade dos seus movimentos.
Exercícios recomendados:
- Mobilidade de tornozelo com avanço dinâmico
- Alongamento de isquiotibiais com banda elástica
- Mobilidade de quadril com rotação interna e externa
- Alongamento de glúteo sentado e em pé
Com flexibilidade e articulações móveis, seu treino fica mais seguro e eficiente.
Conclusão
Treinar pernas vai muito além de agachar com peso. É preciso conhecer a anatomia muscular, entender a função de cada grupo e aplicar os exercícios certos com técnica e estratégia. Este guia trouxe tudo o que você precisa para evoluir de verdade: dos quadríceps às panturrilhas, dos estabilizadores aos glúteos, e até o papel fundamental da nutrição e da mobilidade.
Lembre-se: pernas fortes são o alicerce de um corpo poderoso, saudável e funcional. Seja você homem ou mulher, atleta ou iniciante, ignorar esse grupo muscular não é uma opção se você busca resultados de verdade.
Coloque este conteúdo em prática. Aplique os exercícios, corrija os erros, coma bem, descanse, e observe o seu corpo transformar — de baixo para cima!
❓ Perguntas Frequentes (FAQs)
1. Quantas vezes por semana devo treinar pernas para ter resultados?
Para a maioria das pessoas, 2 a 3 vezes por semana é o ideal. Isso permite variação de estímulo e tempo suficiente para recuperação.
2. Qual o melhor exercício para glúteos?
O hip thrust é um dos mais eficazes, por gerar altíssima ativação muscular no glúteo máximo. Combine com afundo e avanço para resultados ainda melhores.
3. Posso treinar pernas mesmo com dores musculares do treino anterior?
Se a dor for leve (como a DOMS), sim. Mas se houver dor intensa ou sinais de lesão, o ideal é descansar ou trabalhar outro grupo muscular.
4. Treino de corrida substitui o treino de pernas?
Não. A corrida melhora a resistência, mas não promove hipertrofia significativa. É preciso incluir exercícios de força para crescer.
5. Panturrilha é realmente difícil de crescer?
Sim, devido à sua composição de fibras de resistência. Porém, com frequência, volume e técnica adequados, o crescimento acontece.

Sou gaúcha, natural de Caibaté, formada em Educação Física – Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Sou também especialista em Personal Trainer, com foco na prescrição de treinamentos personalizados para estética corporal, grupos especiais e recuperação de lesões.
Minha trajetória profissional começou em Florianópolis, onde atuei por 10 anos em salas de musculação em academias. Após essa experiência, decidi me aventurar no mundo dos negócios, passando 3 anos e meio em uma StartUp. Recentemente, retornei à minha cidade natal, onde recomecei minha carreira como personal trainer.