Remada Cavalinho x Remada Curvada: Qual Dá Mais Ênfase nas Costas?

Quer conquistar costas largas, fortes e definidas de verdade? Descubra neste guia completo qual exercício – remada cavalinho ou remada curvada – ativa mais músculos, oferece mais segurança e gera melhores resultados para o seu objetivo. Continue lendo e aprenda como escolher a variação certa para turbinar seus treinos! 💪

Remada Cavalinho x Remada Curvada Qual Dá Mais Ênfase nas Costas

🏋️‍♀️ Remada Cavalinho x Remada Curvada: Qual Dá Mais Ênfase nas Costas?

🔹 O que são remada cavalinho e remada curvada

Quando falamos de remada curvada (ou “bent-over row”) geralmente nos referimos ao exercício em que o atleta se inclina à frente, mantendo a coluna relativamente reta, e puxa uma barra, halteres ou anilhas em direção ao tronco.

Já a remada cavalinho é uma variação em que a barra está fixa no chão ou apoiada de alguma forma, e o praticante se posiciona “em cima” ou com os pés de cada lado, puxando a barra ou alças para cima/trás, com os cotovelos próximos ao corpo.

Dependendo da definição local, às vezes se confundem os termos — mas biomecanicamente há diferenças relevantes.


🧬 Anatomia das costas

🔸 Principais músculos envolvidos

  • Latíssimo do dorso (latissimus dorsi): músculo grande que cobre a parte central inferior das costas, responsável por puxada, adução e extensão do ombro.
  • Trapézio (principalmente partes média e inferior): estabiliza a escápula, puxa para trás, para baixo, auxilia na postura.
  • Romboides: conectam escápulas à coluna, contribuem para retração escapular, postura.
  • Deltoide posterior: parte de trás do ombro, auxilia no movimento de puxada.
  • Eretores da espinha e lombar: mantêm a coluna estável, suportam carga, impedem arredondamento.

💪 O que é remada curvada

🔹 Execução típica

  • Fique em pé com os pés afastados na largura dos ombros.
  • Joelhos levemente flexionados.
  • Incline o tronco para frente, dobrando os quadris, mantendo coluna reta/neutra.
  • Pegada com barra ou halteres, pode ser pronada, supinada ou neutra.
  • Puxa a carga em direção ao abdômen ou parte inferior do peito.
  • Controle na descida. Evita-se impulso do corpo.

🔹 Variações de pegada

  • Pronada: palmas das mãos voltadas para baixo — tende a ativar mais trapézio e menos bíceps.
  • Supinada: palmas voltadas para cima — aumenta participação do bíceps e pode mudar o ângulo de atuação do latíssimo.
  • Pegada fechada ou estreita: cotovelos mais próximos do corpo — mais enfoque no latíssimo.
  • Pegada aberta/larga: cotovelos para fora — mais ativação de trapézio médio/alto, romboides.

🔹 Vantagens e desvantagens

Vantagens: grande potencial de sobrecarga, variação de estímulo, alto trabalho de todo o dorso, bom impacto para postura e equilíbrio.
Desvantagens: exige controle, postura correta; risco se executado com coluna arredondada; pode gerar desconforto na lombar se não for bem dominado.


🐴 O que é remada cavalinho

🔸 Execução típica

  • A barra (ou as alças) está fixa ou apoiada firme, com peso nas extremidades.
  • Você posiciona-se em cima ou ao redor da barra (dependendo do modelo), com o tronco inclinado, mas sem exagerar na curvatura lombar.
  • Puxa com os braços para cima e para trás, mantendo cotovelos próximos ao corpo (ou variantes).
  • Fase excêntrica controlada; estabilização do core.

🔸 Diferenças biomecânicas em relação à curvada

  • A base da barra/aparelho pode alterar o ponto de início do movimento.
  • Talvez menor exigência para estabilização lombar do que curvada “livre” dependendo de como está apoiada a barra ou alças.
  • Cotovelos próximos ao corpo tendem a enfatizar mais o latíssimo.
  • O ângulo do tronco pode variar menos ou mais, influenciando quais partes das costas são ativadas.

🔸 Vantagens e desvantagens

Vantagens: possivelmente menor estresse lombar se bem executada; permite focar mais no dorso, menos no equilíbrio postural; pode ser mais confortável para quem tem limitação no core.
Desvantagens: menos variação de pegada dependendo do equipamento; pode limitar amplitude de movimento; se execução ruim, pode gerar compensações.


🔬 Evidência científica

Estudo “Comparison of different rowing exercises: trunk muscle activation and lumbar spine motion, load, and stiffness
Esse estudo analisou três variações de remada: remada invertida, remada curvada em pé (“standing bent-over row”) e remada unilateral em polia. Descobriu que a remada curvada em pé causou alta ativação simétrica de músculos das costas, mas também foi a que gerou maior carga sobre a lombar.

Estudo Swann & Barry (2025) sobre grip width no bent-over barbell row
Nesse estudo recente, 20 homens ativos executaram remada curvada com pegada estreita (≈ 100% da distância biacromial) e larga (≈ 150%). Com carga de 60% de 1RM, foram medida a ativação do latíssimo do dorso via EMG. O resultado: a pegada larga produziu ativação significativamente maior do latíssimo do que a estreita.

🔹 Outros estudos relevantes (Lehman et al., etc.)

  • O estudo de Lehman e colaboradores (2004) comparou diversas variações de puxadas e remadas para ver ativação de latissimus dorsi, trapézio médio/romboides, bíceps. Encontraram que remadas sentadas com escápula retraída tendem a ativar bastante o trapézio/romboides.
  • O estudo sobre variações de remadas em pé vs com banco mostrou que a postura de suporte com banco diminui a ativação da lombar (menos estresse) mesmo que mantenha boa ativação do dorsal e trapézio.

🔹 Limitação das pesquisas existentes

  • Muitos estudos usam terminologia diferente, nem todos definem “cavalinho” como uma variação distinta.

🆚 Qual dá mais ênfase nas diferentes partes das costas

Grupo MuscularRemada Cavalinho 🐴Remada Curvada 💪
Dorsal (Latíssimo do dorso)Ativação moderada, mas com maior estabilidade da colunaForte ativação, principalmente se feita com pegada pronada
Trapézio Médio e InferiorMenor recrutamento diretoForte recrutamento, ajuda na espessura das costas
RomboidesAtivação intermediáriaAtivação intensa, especialmente com foco em retração escapular
Eretores da Espinha (lombar)Baixa exigência, menor estresse lombarAlta exigência, forte trabalho estabilizador da lombar
Deltoide PosteriorParticipação acessória, mas presenteGrande ativação, ajudando na largura do dorso
BícepsApoio importante, mas não principalRecrutamento forte devido ao movimento completo da barra

👉 Resumo:

  • A remada cavalinho é mais indicada para quem quer segurança lombar e ainda assim trabalhar bem o latíssimo.
  • A remada curvada é mais completa e intensa, gerando maior ativação dos músculos das costas, mas exige boa técnica e força lombar.

💡 Dicas para maximizar ativação e segurança

  • Manter coluna neutra e evitar hiperlordose ou cifose. Sempre mantenha as curvaturas naturais da coluna. Se o tronco vai inclinar, faça com quadril, evite curvar as costas. Use espelho ou treinador pra checar.
  • Escolher pegada ideal. Testar pegadas — pronada, supinada, neutra, aberta ou estreita — para ver qual “bate mais” para você. Pegada estreita + cotovelos junto pode realçar o latíssimo; aberta pode enfatizar trapézio/romboides.
  • Controle da amplitude e da fase excêntrica. Subir bem puxando, apertar escápulas no topo; na descida, controlar o movimento para trabalhar também fase excêntrica — isso potencializa crescimento. Não usar impulso ou “balançar” o corpo.
  • Frequência, volume e recuperação. Não adianta fazer milhões de repetições uma vez se não tiver consistência. Volume adequado, progressão de carga, descanso (sonho, alimentação, dias de recuperação) ajudam muito.


🎯 Conclusão

  • A remada curvada tende a gerar maior carga lombar, maior demanda dos estabilizadores, e mais opções de variação de pegada e ângulo. É excelente para hipertrofia, desenvolvimento geral de costas e para quem já tem técnica.
  • A remada cavalinho oferece bom estímulo especialmente para o latíssimo com cotovelos junto, possivelmente menor estresse para lombar, bom para quem vai focar em dorsais ou quem ainda está desenvolvendo força estabilizadora ou tem limitações de mobilidade.

Qual usar depende dos seus objetivos: se quiser costas mais grossas, força e desenvolvimento geral, curvada pesa; se quiser foco no latíssimo, segurança e/ou evitar dor lombar, a cavalinho pode ser a melhor escolha. Muitos programas vão usar ambos em momentos distintos ou como variações.

Considerações finais: a chave é execução correta, progressão de carga com segurança, escuta do corpo. O “melhor exercício” é aquele que você consegue fazer bem, com regularidade, progredindo, sem se machucar.


❓ Perguntas Frequentes – FAQs

A remada cavalinho substitui completamente a curvada se eu tiver dor lombar?

Não necessariamente “substitui completamente”, mas pode ser uma ótima alternativa ou complemento. Se a dor lombar for ativa ou você tiver lesão, a cavalinho ou variações com apoio geralmente são mais seguras. Importante também consultar profissional e ajustar técnica.

Posso sentir mais nos bíceps ao fazer remada curvada? Por quê?

Sim. Variações de pegada (especialmente supinada) aumentam a ativação do bíceps. Se os cotovelos ficarem mais abertos ou se você usar impulso, os bíceps podem compensar. Para focar nas costas, mantenha cotovelos próximos, pegada neutra ou pronada, controle do movimento.

Quantas vezes por semana devo treinar costas usando esses exercícios?

Depende do seu nível. Para iniciantes, 1-2 vezes por semana pode já dar bons resultados. Avançados podem treinar costas 2-3 vezes por semana, alternando intensidade, volume e variações. Recuperação é tão importante quanto o treino.

É verdade que pegada larga sempre ativa mais o latíssimo?

Nem sempre. O estudo de Swann & Barry (2025) mostrou que pegada larga na remada curvada ativou mais o latíssimo do que a estreita para os participantes deles. Porém, a diferença depende de anatomia individual, mobilidade, experiência e técnica. Pegada ampla pode aumentar estresse nos ombros.

Qual exercício devo priorizar se meu objetivo for definição estética das costas?

Para definição estética: combine ambos. Use variações que enfatizam diferentes partes (latíssimo, trapézio, romboides), controle o movimento, a amplitude, volume moderado-alto, foco em dieta e recuperação. A remada curvada ajuda na espessura e força, a cavalinho pode refinar “detalhes” sem comprometer lombar.

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