Remada Baixa: Como Executar Corretamente e Evitar Erros Comuns na Academia

remada baixa

Se você está em busca de um exercício completo para fortalecer as costas e ganhar massa muscular com segurança, a remada baixa deve fazer parte do seu treino. Simples na aparência, mas cheia de nuances, essa prática é uma das mais eficazes quando feita corretamente. No entanto, é comum ver pessoas cometendo erros que podem levar a lesões ou resultados frustrantes. Vamos entender tudo sobre a remada baixa, desde sua execução até os erros mais comuns a evitar. Preparado?

remada baixa

ÍNDICE


O que é a remada baixa?

1. Uma introdução ao exercício

A remada baixa é um exercício que pertence ao grupo dos movimentos de tração, ou seja, ela recruta principalmente os músculos da parte posterior do tronco, exigindo também apoio dos braços e do core. Esse exercício é geralmente feito com o auxílio de uma máquina com cabos, onde o praticante puxa o peso em sua direção, simulando o movimento de remar – daí o nome “remada”.

Apesar de ser um exercício simples, a remada baixa exige concentração e consciência corporal. Ao contrário de movimentos que focam apenas nos braços, aqui o objetivo é trazer o peso usando as escápulas e dorsais, promovendo o fortalecimento das costas e melhorando a postura. Ela é muito utilizada tanto por iniciantes quanto por atletas experientes, pois permite controle total da carga e amplitude de movimento.

Além disso, ela pode ser adaptada para diferentes objetivos: hipertrofia, resistência muscular ou reabilitação. Por isso, é fundamental entender como ela funciona para obter o máximo de benefícios sem colocar a saúde em risco.

2. Músculos trabalhados na remada baixa

Quando você executa a remada baixa da forma correta, está recrutando diversos músculos importantes, principalmente da parte superior e média das costas. Veja os principais músculos ativados:

  • Latíssimo do dorso (dorsal) – principal músculo envolvido.
  • Trapézio – especialmente a parte média e inferior.
  • Romboides – responsáveis pela adução das escápulas.
  • Deltoides posteriores – ajudam na tração do movimento.
  • Bíceps braquial – ativado secundariamente na puxada.
  • Eretor da espinha – contribui para estabilização do tronco.

Esse conjunto muscular atua de forma integrada para realizar o movimento, oferecendo um trabalho completo para a parte superior do corpo. Se a execução for mal feita, porém, a sobrecarga pode ir para os braços ou lombar, o que compromete tanto a segurança quanto os resultados.


Benefícios da remada baixa

1. Ganho de massa muscular

Se o seu objetivo é crescer, a remada baixa deve estar entre os seus favoritos. Como dissemos, ela trabalha grupos musculares amplos e profundos, o que proporciona estímulos intensos para o desenvolvimento da musculatura das costas. A tração controlada feita na máquina permite ajustar cargas progressivamente, o que é essencial para a hipertrofia.

Além disso, por ser um exercício composto, a remada baixa libera hormônios anabólicos de forma natural, como a testosterona e o GH (hormônio do crescimento), favorecendo ainda mais os ganhos musculares. Ao combinar esse exercício com outras remadas e puxadas, você pode criar um treino de dorsais altamente eficiente.

Quer saber o segredo? É não exagerar no peso e garantir uma boa execução. A técnica correta é mais importante que o volume da carga, especialmente quando o assunto é crescimento muscular com saúde e simetria.

2. Correção da postura e fortalecimento das costas

Um benefício frequentemente negligenciado da remada baixa é a melhora postural. Vivemos em um mundo onde muitas pessoas passam o dia curvadas em frente a computadores ou celulares. Isso gera uma sobrecarga na região cervical e torácica, criando desequilíbrios posturais.

A remada baixa ajuda a corrigir esses desequilíbrios fortalecendo os músculos responsáveis pela sustentação da coluna vertebral. Com as escápulas mais ativas e um tronco mais forte, a tendência é que a postura melhore naturalmente, reduzindo dores nas costas e até prevenindo hérnias e lesões na lombar.

Ela também é indicada por fisioterapeutas e profissionais da saúde em programas de reabilitação, justamente por seu papel fundamental no fortalecimento da musculatura postural. Claro, tudo isso depende de uma execução adequada, que respeite os limites do corpo e promova contrações eficientes.


Equipamentos utilizados na remada baixa

1. Máquina de cabo

A máquina de cabo é o equipamento padrão para a execução da remada baixa. Nela, o peso é ajustado por placas e a resistência é feita por um sistema de polias e cabos que proporcionam um movimento suave e contínuo. Essa característica permite que o praticante mantenha uma execução controlada e reduza os impactos nas articulações.

Essa máquina geralmente vem com um banco acolchoado e apoio para os pés, o que garante estabilidade durante o exercício. A empunhadura pode variar, mas geralmente se utiliza uma barra em “V” ou cordas, dependendo do objetivo. Um ponto positivo da máquina é que ela proporciona segurança até mesmo para iniciantes, além de ser de fácil ajuste.

Além disso, por manter a resistência constante durante todo o movimento, ela ajuda a manter os músculos sob tensão por mais tempo – o que é ideal para quem busca hipertrofia e definição.

2. Tipos de pegadas e suas funções

A maneira como você segura a barra influencia diretamente nos músculos mais ativados durante a remada. Veja os principais tipos de pegada:

  1. Pegada neutra (palmas voltadas uma para a outra)
    • Ideal para foco nos dorsais.
    • Reduz a sobrecarga nos ombros.
  2. Pegada pronada (palmas para baixo)
    • Ativa mais o trapézio e os deltoides posteriores.
    • Exige maior controle de postura.
  3. Pegada supinada (palmas para cima)
    • Trabalha mais os bíceps.
    • Pode reduzir a amplitude do movimento.
  4. Pegada aberta vs. pegada fechada
    • Aberta: Mais ativação do trapézio.
    • Fechada: Mais foco no latíssimo do dorso.

Cada tipo de pegada pode ser explorado estrategicamente dentro do treino, variando os estímulos e maximizando os resultados. O ideal é alternar as pegadas ao longo das semanas, mantendo os músculos sempre em adaptação.


Como executar a remada baixa corretamente

1. Passo a passo da execução

Quer garantir uma execução impecável? Então siga esse guia:

  1. Ajuste o banco e o apoio dos pés
    • Sente-se com as pernas levemente dobradas e os pés firmes no apoio.
  2. Escolha a pegada certa
    • Pegada neutra é a mais indicada para iniciantes.
  3. Mantenha a coluna ereta
    • Não curve as costas. Contraia o abdômen e mantenha o tronco firme.
  4. Puxe a barra em direção ao abdômen
    • Foque em contrair as escápulas, não apenas os braços.
  5. Controle o movimento de volta
    • Não deixe o cabo puxar você. Faça o retorno devagar e com controle.
  6. Respiração correta
    • Inspire ao estender os braços e expire ao puxar.

Repetir esse processo com atenção e regularidade garante segurança e resultados consistentes. Evite movimentos bruscos ou excesso de carga, especialmente se ainda estiver aprendendo a técnica.


Erros comuns na remada baixa e como evitá-los

1. Uso excessivo dos braços

Um dos erros mais frequentes entre os praticantes de academia é utilizar os braços como principal fonte de força durante a execução da remada baixa. Embora o bíceps seja naturalmente ativado nesse exercício, ele não deve ser o motor principal do movimento. A intenção da remada é recrutar os músculos das costas, como o latíssimo do dorso e os romboides. Quando você puxa com os braços, acaba isolando os músculos errados e, pior ainda, deixando de treinar a musculatura dorsal de forma eficaz.

Esse erro geralmente ocorre por dois motivos: carga muito alta ou má orientação técnica. Ao tentar impressionar ou levantar mais peso do que o necessário, muitos acabam sacrificando a forma e transferindo o esforço para os braços. O resultado? Poucos ganhos nas costas e risco elevado de lesão nos cotovelos ou ombros.

A solução é simples: reduza a carga e foque na contração das escápulas. Imagine que está tentando “juntar as costas” ao final do movimento. Essa consciência corporal faz toda a diferença. E se precisar, peça ajuda a um instrutor para corrigir sua técnica até que o padrão correto esteja automatizado.

2. Postura inadequada durante o movimento

Outro erro clássico — e perigoso — é executar a remada baixa com má postura. É comum ver praticantes curvando a lombar, jogando o tronco para frente ou até mesmo realizando movimentos desnecessários com o pescoço. Essa desorganização corporal pode causar problemas sérios, como hérnias de disco, compressões nervosas e dores crônicas na coluna.

Uma boa postura começa com a base: mantenha os pés firmes no apoio, joelhos levemente flexionados e a coluna completamente ereta. O peito deve estar levemente projetado para frente, com o abdômen contraído o tempo todo. Isso cria estabilidade e protege a região lombar.

Também é importante evitar balançar o corpo para ajudar no movimento. Esse impulso reduz a eficácia do exercício e pode causar desequilíbrios musculares. Concentre-se em manter o tronco fixo, movimentando apenas os braços e escápulas. Com o tempo, sua postura geral — inclusive fora da academia — vai melhorar significativamente.


Como progredir na remada baixa

1. Aumentando a carga com segurança

Evoluir na remada baixa não significa simplesmente colocar mais peso. A progressão precisa ser feita com consciência e técnica para evitar lesões e garantir que os músculos certos estejam sendo ativados. O primeiro passo é dominar a forma com cargas leves. Quando sentir que consegue realizar todas as repetições com controle e sem perder a postura, aí sim, é hora de pensar em adicionar peso.

Um bom método é a progressão semanal, onde você aumenta cerca de 5% da carga a cada semana. Isso dá tempo ao seu corpo para se adaptar e permite que você continue melhorando sem sobrecargas repentinas. Outra estratégia eficiente é variar o número de repetições: faça séries com 10 a 12 repetições para resistência muscular e 6 a 8 repetições para ganho de força e massa.

Além disso, pode-se explorar técnicas avançadas, como drop sets (redução de carga progressiva durante a série), séries negativas (ênfase na fase excêntrica do movimento) ou até super séries, combinando com outros exercícios de costas. Tudo isso mantém o estímulo alto e desafia constantemente seus músculos.

2. Variações da remada baixa para diferentes objetivos

A remada baixa é extremamente versátil, e existem várias formas de adaptá-la para diferentes finalidades dentro de um treino. Se o seu foco é hipertrofia, por exemplo, você pode utilizar a pegada neutra com carga moderada e maior tempo sob tensão — segurando a contração por alguns segundos ao final de cada repetição.

Para quem busca resistência muscular, o ideal é diminuir a carga e aumentar o número de repetições, trabalhando de 15 a 20 movimentos por série. Já para definição muscular, além de ajustar a alimentação, você pode combinar a remada com exercícios aeróbicos de alta intensidade, como HIIT, para promover maior queima calórica e preservar a massa magra.

Se quiser trabalhar diferentes partes das costas, mude a empunhadura. A pegada aberta, por exemplo, foca mais na parte superior das costas e trapézio, enquanto a pegada fechada trabalha o centro dos dorsais. Também é possível usar cordas no lugar da barra para ampliar a amplitude de movimento.


Remada baixa para diferentes públicos

1. Iniciantes na musculação

Se você está começando na musculação, a remada baixa pode ser um excelente ponto de partida para fortalecer a parte superior do corpo. No entanto, é essencial prestar atenção à técnica desde o início. Iniciantes geralmente têm dificuldade em ativar corretamente as escápulas e manter a postura adequada, então o ideal é começar com supervisão de um instrutor.

Use cargas leves e priorize a qualidade do movimento. É melhor fazer menos repetições com boa execução do que fazer muitas de forma errada. Faça pausas entre as séries, mantenha a respiração controlada e escute seu corpo. Com o tempo, você vai ganhar confiança, força e controle motor — tudo que precisa para evoluir com segurança.

2. Mulheres no treino de costas

Há um mito comum nas academias de que mulheres não devem treinar costas intensamente para “não ficarem musculosas demais”. Isso não poderia estar mais longe da verdade. A remada baixa é perfeita para mulheres que desejam melhorar a postura, definir a silhueta e até reduzir dores causadas por má postura ou sedentarismo.

Além de melhorar o visual das costas e cintura, esse exercício contribui para o fortalecimento do core, ajudando também em atividades do dia a dia e até durante a gravidez. Mulheres podem se beneficiar ao alternar a remada baixa com outras remadas e puxadas, criando um treino completo para a região dorsal.

Não tenha medo de pegar peso — o desenvolvimento muscular feminino é diferente do masculino por questões hormonais, e a remada baixa vai deixar suas costas mais fortes, definidas e elegantes.

3. Idosos e pessoas com limitações físicas

Para o público mais velho ou com limitações físicas, a remada baixa pode ser uma excelente forma de manter a saúde muscular e postural. O envelhecimento naturalmente reduz a massa muscular e a estabilidade postural, então exercícios como a remada são altamente recomendados, desde que adaptados corretamente.

É possível usar cargas muito leves, ou até faixas elásticas, respeitando os limites do corpo. A prioridade deve ser a mobilidade e a estabilidade, mais do que o ganho de força. Em alguns casos, a orientação de um fisioterapeuta ou personal trainer especializado em reabilitação pode ser necessária.

Esse exercício ajuda na prevenção de quedas, dores nas costas e melhora a qualidade de vida como um todo. Basta respeitar a individualidade biológica de cada pessoa.


Como incluir a remada baixa no seu treino de costas

1. Montando um treino eficiente

A remada baixa é uma peça-chave em qualquer treino de costas bem estruturado. Para aproveitá-la ao máximo, o ideal é inseri-la no início ou no meio do treino, quando os músculos ainda estão com energia suficiente para realizar o movimento com qualidade. Isso porque é um exercício composto que exige bastante da musculatura dorsal e também do core.

Você pode combinar a remada baixa com outros exercícios como:

Um exemplo de treino completo para dorsais poderia ser:

  1. Puxada na frente – 4×12
  2. Remada baixa – 4×10
  3. Remada curvada – 3×8
  4. Pullover no cross – 3×15

Dê sempre um intervalo de 48 a 72 horas entre os treinos de costas para garantir a recuperação muscular. Ah, e claro, nunca se esqueça do aquecimento prévio e alongamentos para evitar lesões e melhorar a performance.


A importância da conexão mente-músculo

1. Por que sentir o músculo faz diferença

Não basta só levantar peso – é preciso saber o que está sendo trabalhado. A chamada conexão mente-músculo é um conceito fundamental na musculação e pode fazer toda a diferença nos seus resultados. Quando você foca mentalmente nos músculos que está ativando, a contração se torna mais eficaz e o recrutamento das fibras musculares é potencializado.

Na remada baixa, isso significa prestar atenção ao movimento das escápulas, ao alongamento dos dorsais e à contração final na puxada. Não execute no automático. Concentre-se no trajeto do movimento, sinta cada fase e controle tanto a ida quanto a volta.

Estudos mostram que essa conexão ativa mais fibras musculares e ajuda até a evitar compensações – como usar o bíceps no lugar dos dorsais. Treinar com presença e foco transforma um simples exercício em uma poderosa ferramenta para hipertrofia.


Conclusão

A remada baixa é muito mais do que um exercício de puxada – ela é uma ferramenta poderosa para quem busca costas fortes, postura corrigida e resultados expressivos na academia. Com uma execução bem feita, atenção à técnica e progressão consciente, qualquer pessoa – seja iniciante, avançado, homem ou mulher – pode se beneficiar imensamente desse movimento.

Evite erros comuns, como usar os braços em excesso ou comprometer a postura, e explore variações para manter seus treinos sempre desafiadores. Lembre-se: qualidade acima de quantidade. Foque na conexão mente-músculo, aumente a carga com sabedoria e combine com outras remadas e puxadas para uma construção muscular completa.

Com paciência e consistência, a remada baixa pode transformar seu físico e sua saúde postural. Agora que você sabe como executá-la corretamente, é hora de colocar em prática e colher os resultados!


Perguntas Frequentes (FAQs)

1. A remada baixa é indicada para quem tem problema na coluna?

Sim, desde que adaptada e com orientação profissional. Pode até ajudar na reabilitação e na melhora da postura, mas nunca deve ser feita sem supervisão em casos de lesões ou dores lombares.

2. Quantas vezes por semana devo fazer remada baixa?

O ideal é de 1 a 2 vezes por semana, dentro do treino de costas. É importante respeitar o tempo de recuperação muscular.

3. Posso fazer remada baixa em casa?

Sim, com faixas elásticas ou máquinas de cabos compactas. O importante é manter a postura e controlar o movimento.

4. Qual é o melhor tipo de pegada para iniciantes?

A pegada neutra é a mais indicada para iniciantes, pois oferece maior conforto e ativa bem os dorsais sem sobrecarregar os ombros.

5. A remada baixa ajuda na definição muscular?

Sim! Quando combinada com dieta e treino de alta intensidade, ela ajuda na definição das costas e da cintura.

Deixe um comentário